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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conectividade e conectivismo

Vivemos, actualmente, numa sociedade profundamente tecnológica e global.

O emergir da economia do conhecimento em rede, enquanto extensão cognitiva, faz ressaltar a necessidade de conectividade e a importância do conectivismo, imprescíndivel ao ser humano do sec. XXI.

Conectividade é uma capacidade basilar, perspectivada por vários autores.

Castels (2004) refere, a propósito deste conceito "conectividade autodirigida, ou seja, a capacidade de qualquer pessoa para encontrar o seu próprio destino na rede e, se não encontrar, para criar e publicar a sua própria informação, suscitando assim a criação de uma nova rede".

Salvat (2003) refere também o conceito de conectividade, quando (em dez pontos) caracteriza a geração digital.

Siemens (2005) defende que as teorias de aprendizagem como, behaviorismo, cognitivismo e construtivismo não exploram o impacto das tecnologias e das redes de aprendizagem. Propôs, desse modo, uma teoria de aprendizagem para a era digital - conectivismo.

Ana Amorim Carvalho, por seu lado, considera o conectivismo, tal como caracterizado por Siemens (2005) uma teoria infundada, embora reconheça a importância da conectividade na era digital.

Contudo, quanto à caracterização das conexões na aprendizagem, defendidas por Siemens, a autora defende que são bem conseguidas.

"As conexões que nos permitem aprender são mais importantes do que o nosso estado actual de conhecimento." Siemens (2005)

O conectivismo assenta no facto de que as decisões a tomar se baseiam em informações que estão em constante mudança, resultando daí a necessidade de desenvolver espírito crítico e saber distinguir a informação.
Jorge Siemens: The Changing Nature of Knowledge

Bibliografia:
Carvalho, Ana Amélia Amorim (2007). Rentabilizar a internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Rentabilizar a internet no ensino básico e secundário



http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo03PT02.pdf

O acesso à internet nas escolas, o equipamento das salas de informática e a Iniciativa "Escola Professores e computadores portáteis" criaram as condições tecnológicas para que professores e alunos possam usufruir da:

  • diversificada informação online
  • comunicação
  • colaboração e partilha com os outros
  • facilidade da publicação online

A integração dos serviços de internet nas práticas lectivas, com um propósito disciplinar e transdisciplinar pode proporcionar aos alunos um enriquecimento:

  • temático
  • social
  • digital

Ana Amorim Carvalho (2007) adverte para a importância de se começar a usar os recursos e ferramentas online para se evoluir para um ambiente que é familiar aos alunos (porque não tirar partido disso?) através do qual podem aprender crítica e colaborativamente.

A introdução das TIC na escola pode em muito contribuir para o sucesso escolar dos alunos, uma vez que torna a aprendizagem mais apelativa e inclusivè aproximar professor-aluno.

A autora alerta, ainda, para a necessidade de se ter um espírito aberto e adaptável a novas ferramentas que podem ser rentabilizadas no processo de ensino-aprendizagem, no emergir da economia do conhecimento em rede, enquanto extensão cognitiva.

Blogs na educação

O processo de construção da presença do professor

Salmon (2000) criou um modelo para e-moderadores, o qual evidencia uma progressão de tarefas que o professor online põe em prática no decurso do processo de moderação num curso em contexto online, onde se destacam as seguintes fases:

• O início do processo – 1ª fase - é dado aos alunos o acesso e a motivação. Nesta fase são tratadas as questões técnicas e sociais que inibam a participação dos alunos. Os alunos são convidados a partilhar informação sobre si mesmos de forma a criarem e garantirem uma presença virtual.
• 2ª fase – o e-moderador deve continuar a desenvolver a socialização online através da “construção de pontes” entre os ambientes: culturais, sociais e de aprendizagem.
• 3ª fase – a troca de informações – o professor deve, nesta fase, facilitar as tarefas de aprendizagem, moderar as discussões, baseadas em temas concretos, esclarecendo e corrigindo ideias menos claras dos estudantes.
• 4ª fase – “construção do conhecimento” – os estudantes centram-se na construção de artefactos e projectos, de forma individual ou colaborativa, para uma maior compreensão e integração dos temas e matérias abordadas.
• 5ª fase “desenvolvimento” – os alunos tornam-se responsáveis pela sua própria aprendizagem e do seu grupo, produzindo projectos finais, de forma sumativa, caminham no sentido do produto da aprendizagem.


O modelo de Salmon é um guia útil e um instrumento de planificação para professores online, contudo, não deve ser considerado um modelo prescritivo uma vez que o grupo/grupos não sendo homogéneos do ponto de vista cognitivo, técnico e social têm necessidades diferentes/específicas às quais o professor deve estar sensível e atento.

” …o modelo de Salmon deve ser adaptado às necessidades específicas de cada comunidade virtual de aprendizagem” .




Bibliografia
O processo de ensino num contexto de aprendizagem online
Terry Anderson (2004) – Teaching in na online Learning Context In Terry Anderson & Fathi Elloumi (Eds.) – Theory and Patrice of Online learning. Athabasca University, 2004. (http://cde.athabascau.ca/online_book/).

As três qualidades do e-professor

Três conjuntos de qualidades definem a excelência de um e-professor.
“Um e-professor excelente é um professor excelente”

Capacidades genéricas:

• Os professores excelentes gostam de lidar com os alunos
• conhecem suficientemente bem a matéria que ensinam
• conseguem transmitir entusiasmo
• detêm uma compreensão pedagógica ou andragógica do processo de aprendizagem
• têm uma série de actividades através das quais orquestram, motivam e avaliam aprendizagens efectivas


Capacidades técnicas:

• Não sendo necessário ser um perito é fundamental ter conhecimentos técnicos suficientes para navegar e contribuir efectivamente no contexto de aprendizagem online, ter à vontade para resolver problemas básicos

Numa fase inicial, um professor online eficaz deve ser:

• Versátil
• Inovador
• Perseverante




Bibliografia
O processo de ensino num contexto de aprendizagem online
Terry Anderson (2004) – Teaching in na online Learning Context In Terry Anderson & Fathi Elloumi (Eds.) – Theory and Patrice of Online learning. Athabasca University, 2004. (http://cde.athabascau.ca/online_book/).

O papel do professor ou tutor num contexto de aprendizagem online



O modelo teórico apresentado por Garrison, Anderson e Archer (2000), concebe a criação de uma verdadeira comunidade educativa/aprendizagem envolvendo três componentes:
• Presença cognitiva – a aprendizagem ocorre num ambiente que apoia o desenvolvimento e o crescimento de capacidades a nível do pensamento crítico.

• Presença social - a criação de um ambiente de apoio que os alunos se sintam suficientemente À vontade, com segurança para expressarem as suas opiniões num contexto colaborativo.

• Presença de ensino- é fundamental na educação formal, tendo em consideração três papéis críticos desempenhados pelo professor, que assentam, segundo Anderson, Rourke, Archer e Garrison (2001), nos seguintes pontos:

o A concepção e organização da experiência de aprendizagem

o A concepção e implementação de actividades que incentivem discussões entre todos os intervenientes do processo de aprendizagem

o O papel de ensinar ultrapassa o de moderador de experiências educativas, quando o professor contribui com a sua expertise nos conteúdos através de uma variedade de formas de instrução directa.

Bibliografia
O processo de ensino num contexto de aprendizagem online
Terry Anderson (2004) – Teaching in na online Learning Context In Terry Anderson & Fathi Elloumi (Eds.) – Theory and Patrice of Online learning. Athabasca University, 2004. (http://cde.athabascau.ca/online_book/).